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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

ENSINA-ME A VIVER

É muito comum, e bem aceito pela sociedade, histórias que mostram romances entre homens mais velhos com mulheres mais novas. O contrário, se ainda hoje não é visto com bons olhos, imagine no início dos anos 1970. Quando o cineasta americano Hal Ashby lançou Ensina-me a Viver, em 1971, o filme tornou-se um fracasso de bilheteria. O roteiro de Colin Higgins conta a história de amor entre Maude (Ruth Gordon), uma senhora de mais de setenta anos, com Harold (Bud Cort), um rapaz de vinte anos. Muitos creditam a esta premissa o insucesso do filme. O curioso da trama é a maneira como estas duas personagens encaram a vida. Maude tem sede de viver. Harold só pensa na morte. O destino une este inusitado casal. Ashby começou sua carreira como montador e teve suas principais obras dirigidas ao longo da década de 1970. Ele revela, neste que foi seu segundo longa-metragem como diretor, apuro técnico, muita ousadia e sensibilidade, características que seriam marcantes em sua filmografia. Ensina-me a Viver não encontrou seu público quando foi lançado, porém, o tempo se encarregou de transformá-lo em um clássico influente.
ENSINA-ME A VIVER (Harold and Maude – EUA 1971). Direção: Hal Ashby. Elenco: Ruth Gordon, Bud Cort, Vivian Pickles, Cyril Cusack, Charles Tyner, Ellen Geer e Tom Skerritt. Duração: 91 minutos. Distribuição: Paramount.

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