A cineasta Nathalie Álvarez Mesén, de origem sueco-costa-riquenha, começou a trabalhar com cinema em 2011. Desse ano até 2018 ela escreveu e dirigiu seis curtas. Após dirigir segmentos em longas coletivos, Mesén estreou na direção de um longa, Clara Sola, em 2021. O roteiro, escrito por ela junto com Camila Arias, nos apresenta Clara (Wendy Chinchilla Araya), uma mulher de 40 anos que cresceu cercada de repressões em decorrência de questões religiosas. Ela mora com a mãe Fresia (Flor María Vargas Chavez) e a sobrinha Maria (Ana Julia Porras Espinoza). A rotina de Clara muda a partir do momento que Santiago (Daniel Castañeda Rincón), namorado de Maria, desperta sua sexualidade. Há em Clara Sola um óbvio olhar feminino. Afinal, boa parte da equipe criativa e do elenco é majoritariamente composta por mulheres. E sem querer cair em clichês, isso faz toda a diferença. Mesén lida aqui com temas delicados como religião e misticismo. Além do elemento sexual. E o faz com muita delicadeza e poesia. Em tempo: a produção contou com o suporte de seis países: Suécia, Costa Rica, Bélgica, Alemanha França e Estados Unidos.
CLARA SOLA (Costa Rica/Suécia 2021). Direção: Nathalie Álvarez Mesén. Elenco: Wendy Chinchilla Araya, Ana Julia Porras Espinoza, Daniel Castañeda Rincón, Flor María Vargas Chavez, Laura Román Arguedas e Fabrizzio Josue Vallecillo. Duração: 106 minutos. Distribuição: Imovision.