O cineasta inglês Terence Davies começa sua carreira em 1976, quando dirigiu seu primeiro curta. Depois, realizou mais dois curtas e recebeu inúmeros prêmios com eles. A estreia em longa aconteceu em 1988, com Vozes Distantes, seu trabalho mais conhecido. Amor Profundo, de 2011, foi adaptado por Davies a partir da peça teatral O Profundo Mar Azul, de autoria de Terence Rattigan. Trata-se, antes de tudo, de um filme silencioso, próximo da contemplação. Davies e seu diretor de fotografia, Florian Hoffmeister, optaram aqui pelo tom azulado, talvez até em referência ao título original do filme. A história se passa no início dos anos 1950 e gira em torno de Hester (Rachel Weisz). Ela é casada com um homem mais velho e influente, William (Simon Russell Beale) e se envolve com Freddie (Tom Hiddleston), um piloto que lutou na Segunda Guerra Mundial. Além da bela fotografia, o filme também se destaca pelos ótimos diálogos, em especial, os travados entre Hester e sua sogra. Amor Profundo é um filme que exige atenção e paciência. Davies aposta na inteligência e na sensibilidade do espectador. E esta aposta do diretor já vale a conferidade.