Robert Altman é, como se costuma dizer, um “diretor das antigas”. Ele começou sua carreira trabalhando na televisão, no início da decada de 1950, onde permaneceu por quase vinte anos. Seu nome ganhou destaque com o sucesso de M.A.S.H., de 1970, um de seus longas mais conhecidos. Altman tinha um talento especial para dirigir grandes elencos e os atores adoravam ser dirigidos por ele. Principalmente, a partir do sucesso de O Jogador, que ele dirigiu em 1992. Basta conferir a ficha técnica abaixo. Parece muita gente, certo? Mas ela representa cerca de um quarto do elenco completo. O roteiro, escrito por Michael Tolkin, adaptado de seu próprio romance, conta a história de Griffin Mill (Tim Robbins), um executivo de Hollywood que começa a receber ameaças anônimas. Mill fica obcecado com as mensagens e acredita que elas são enviadas por um roteirista que teve um projeto recusado por ele. O Jogador é, antes de tudo, um filme para quem gosta de cinema. Em todos os sentidos. Altman revela os bastidores da indústria em todos os seus níveis: da pré-produção até o lançamento do filme. E o diretor ainda encontra tempo para homenagear grandes diretores e brincar com a linguagem cinematográfica. Em resumo, O Jogador é uma aula de cinema apresentada por um de seus grandes mestres.