Jornada nas Estrelas, criado por Gene Roddenberry, surgiu na televisão em 1966. Desde então, foram produzidas cinco séries de TV, além de onze filmes para cinema. O último deles, Star Trek, de 2009, foi dirigido por J.J. Abrams, conseguiu revitalizar e atualizar a franquia, transformando-a em algo atraente para um público que tinha resistência em acompanhar as aventuras dos tripulantes da nave estelar Enterprise. Abrams, junto com os roteiristas Alex Kurtzman e Roberto Orci, foram corajosos na maneira como recriaram aquele universo icônico. O sucesso do filme de 2009 tornou obrigatória uma continuação, que foi realizada quatro anos depois. Além da Escuridão: Star Trek expande a proposta original sem a mesma ousadia do anterior e repete a fórmula que se provou vitoriosa. No entanto, isso não desmerece em nada o filme. Pelo contrário. Abrams e sua equipe conhecem muito bem seu ofício e nos apresentam uma aventura espacial acelerada e empolgante. Sem as amarras de um filme de origem e/ou apresentação, como foi o de 2009, eles agora vão direto ao ponto e, de quebra, trazem um vilão bem superior ao do outro filme. O John Harrison de Benedict Cumberbatch consegue ser o que o Nero de Eric Bana não conseguiu. Assistir a Além da Escuridão: Star Trek é como voltar para um ambiente seguro, onde já conhecemos todo mundo e nos sentimos em casa.