A atriz francesa Maïwenn Le Besco fez um bom número de trabalhos à frente das câmaras, no cinema e na televisão. Ela iniciou sua carreira em 1981, aos 15 anos. A partir de 2003, quando começou a dirigir também, suprimiu o sobrenome e passou a assinar simplesmente Maïwenn. Dizem que ela teria sido a inspiração para a personagem Mathilda, filme dirigido em 1994 por Luc Besson, com quem foi casada. Polissia é seu terceiro longa-metragem como diretora. O roteiro foi escrito por ela, junto com a também atriz Emmanuelle Bercot, que faz o papel de Sue Ellen no filme. A história mostra o dia-a-dia da Unidade de Proteção à Juventude da polícia francesa. O foco maior é dado na rotina de investigações de pais que abusam e abandonam seus filhos, bem como pedófilos e crimes cometidos por jovens. A trama explora tanto as pressões diárias do trabalhos como os conflitos pessoais enfrentados pelos policiais. O clima fica um pouco mais tenso com a chegada da fotógrafa Melissa, vivida pela própria diretora, que é enviada pelo governo para documentar o cotidiano daquela unidade de polícia. O filme é um misto de ficção e documentário. Maïwenn acompanhou durante um tempo o trabalho de um grupo semelhante ao mostrado no filme e aqui, ela dramatiza algumas dos casos que lhe foram relatados. Polissia lida com um tema bastante atual e bastante delicado. E a câmara dessa talentosa atriz/roteirista/diretora nos conduz por esses dramas diários de maneira vigorosa e sensível.