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VÍCIO FRENÉTICO (1992)

Quem conhece a filmografia do cineasta americano Abel Ferrara sabe que ele não poderia ter nascido em outro lugar que não fosse o Bronx, em Nova York. No caso dele, o local de nascimento diz muito sobre sua obra. Ferrara iniciou a carreira no início dos anos 1970 experimentando com o super 8. Depois, dirigiu alguns curtas em 16 mm e estreou em longas em 1979, com O Assassino da Furadeira. Seu cinema é sujo, direto, sem meias palavras. É assim em uma de suas obras mais conhecidas, Vício Frenético, que ele escreveu, junto com Zoë Lund, e dirigiu em 1992. A história gira em torno do “tenente mau” (Harvey Keitel), que dá nome ao título original do filme. Viciado em drogas e em jogos de azar, ele está caminhando firme em direção ao inferno. Até que duas coisas acontecem e mudam o rumo de sua vida. Vício Frenético não perde tempo com bobagens. Este é o estilo narrativo de Ferrara. Aqui ele conta com o talento e a presença forte de Harvey Keitel, um ator que exala verdade por todos os poros. Violento, pesado e sem concessões, trata-se de uma obra marcante e influente dos anos 1990. Não por acaso, Martin Scorsese a colocou como uma das mais importantes daquela década. Existe uma refilmagem, de 2009, dirigida pelo alemão Werner Herzog e estrelada por Nicolas Cage.

VÍCIO FRENÉTICO (Bad Lieutenant – EUA 1992). Direção: Abel Ferrara. Elenco: Harvey Keitel Victor Argo ,  Paul Calderon, Frankie Thorn, Leonard Thomas  e  Robin Burrows . Duração: 96 minutos. Distribuição: Versátil.

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