O diretor britânico nascido na China Terence Young teve uma longa e eclética carreira de 40 anos trabalhando com os mais diferentes gêneros de filmes. Mas será sempre lembrado por ter dirigido as primeiras aventuras de James Bond no cinema. Um Clarão nas Trevas, de 1967, é mais uma prova de sua versatilidade. O roteiro de Robert Carrington e Jane-Howard Hammerstein é uma adaptação da peça de Frederick Knott e começa em um avião. Lá está o casal Susy (Audrey Hepburn) e Sam (Efrem Zimbalist Jr.), que viaja de volta para casa. Uma mulher pede que guardem uma boneca de pano. Na verdade, dentro dela tem heroína. Quando Harry (Alan Arkin), companheiro dessa mulher, descobre o que foi feito e onde o casal mora, chama outros dois homens para irem até lá durante a noite para reaver a boneca. Parece algo simples, afinal, Susy é cega. Um Clarão nas Trevas tem uma premissa bastante simples, quase um fiapo de história como se costuma dizer. No entanto, a direção ágil de Young e o desempenho soberbo de Hepburn fazem toda a diferença.
UM CLARÃO NAS TREVAS (Wait Until Dark – EUA 1967). Direção: Terence Young. Elenco: Audrey Hepburn, Alan Arkin, Richard Crenna, Efrem Zimbalist Jr., Jack Weston, Samantha Jones e Robby Benson. Duração: 108 minutos. Distribuição: Warner.
