Cecil B. DeMille, ao longo de 42 anos de carreira, dirigiu 80 filmes. Porém, será lembrado sempre por seus épicos bíblicos: Os Dez Mandamentos, do qual realizou duas versões, uma em 1923 e outra, mais conhecida, em 1956, e este Sansão e Dalila, de 1949. DeMille dominava como poucos a arte de um grande espetáculo cinematográfico. Da mesma forma que, como poucos cineastas, bastava seu nome no letreiro para atrair público às salas de cinema. Com roteiro de Jesse Lasky Jr, e Fredric M. Frank, escrito a partir do livro de Vladimir Jabotinsky, romantiza e amplia o texto bíblico. A história de Sansão (Victor Mature), o homem mais forte do mundo, é tratada com tintas fortes. Temente a Deus e herói de seu povo, ele é seduzido pela bela Dalila (Hedy Lamarr). Ardilosa, ela o trai e revela o segredo de sua força sobre-humana. Sansão e Dalila não foge ao estilo grandioso imprimido por Hollywood. Principalmente, nos filmes feitos entre 1945 e 1965. Neste período, o grande inimigo era a televisão e era preciso tirar as pessoas de casa. DeMille era bom nisso. E esta obra, que foi a maior bilheteria daquele ano e um dos maiores êxitos do estúdio, é a prova do talento de seu realizador.