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ROBOCOP 2

Em pouco mais de 40 anos de carreira, o americano Irvin Kershner dirigiu muitos trabalhos para televisão e cinema, além de lecionar Cinema em universidades de Los Angeles. RoboCop 2, de 1990, foi seu último longa. O roteiro, escrito por Frank Miller e Walon Green, se passa cerca de um ano depois dos eventos do primeiro filme. Existem regras não escritas, mas extremamente pertinentes, que tratam de como fazer uma boa continuação. Nenhuma delas foi seguida aqui. E isso é muito triste, já que o original, dirigido três anos antes por Paul Verhoeven, deixou ótimos ganchos para uma sequência. RoboCop 2 é barulhento, violento e desencontrado. Peter Weller veste mais uma vez a armadura do tira-robô e poderia ter tido seu icônico personagem explorado de maneira mais eficiente, já que abre a história com um dilema pessoal promissor que é logo esvaziado. Há também a questão da OCP, que já era dona da polícia, agora alça voos maiores. Permanecem os telejornais e os comerciais de TV pontuando a narrativa, mas a boa expectativa criada pela presença do quadrinista Frank Miller no roteiro, no final, se revelou frustrante. Miller, em sua defesa, disse que sua história sofreu muitas alterações impostas pelos produtores, tanto que, anos depois, desenhou uma história em quadrinhos do herói a partir do material original que escreveu para esse filme. RoboCop reapareceu outra vez em 1993, em RoboCop 3, e foi refilmado em 2014 pelo brasileiro José Padilha.

ROBOCOP 2 (EUA 1990). Direção: Irvin Kershner. Elenco: Peter Weller, Nancy Allen, Tom Noonan, Belinda Bauer, Dan O’Herlihy, Felton Perry, Willard Pugh e Gabriel Damon. Duração: 117 minutos. Distribuição: Fox.

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