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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

ARANHA

Com quase três décadas de carreira, o roteirista, produtor e diretor chileno Andrés Wood construiu uma sólida filmografia e é um dos maiores nomes da cinematografia de seu país. Aranha, de 2019, retoma o período do golpe militar que derrubou o presidente Salvador Allende, tema que ele já havia abordado em Machuca, de 2004, obra que o projetou mundialmente. Na verdade, o roteiro escrito por Guillermo Calderón nos conta uma história que se desenrola em dois tempos: 2011 e 1971. Tudo começa com a prisão de Gerardo (Marcelo Alonso), um antigo ativista dado como morto. Aquela ação traz à tona o passado de Inés (Mercedes Morán) e seu marido Justo (Felipe Armas), que fizeram parte do grupo de extrema direita que dá título ao filme. Acompanhamos então a trajetória do trio a partir do momento em que se conheceram. Inés já está casada com Justo, porém, se sente atraída por Gerardo e esse desejo é recíproco. Quando jovens, Inés, Justo e Gerardo são vividos, respectivamente, por Maria Valverde, Gabriel Urzúa e Pedro Fontaine. Afastados por quase 40 anos, o destino termina por reuni-los novamente e faz reacender velhos sentimentos. Especialmente, a obsessão nacionalista de Gerardo. No caso do casal Justo e Inés, o medo maior é que certas posturas da juventude sejam reveladas. Wood, talvez até em referência ao nome do filme, tece uma intricada teia que mistura passado e presente e se revela em perfeita sintonia com movimentos sociais e políticos que alimentam diariamente a imprensa e, principalmente, as redes sociais.

ARANHA (Araña – Chile 2019). Direção: Andrés Wood. Elenco: Mercedes Morán, Maria Valverde, Marcelo Alonso, Pedro Fontaine, Felipe Armas, Gabriel Urzúa, María Gracia Omegna e Caio Blat. Duração: 105 minutos. Distribuição: Pandora Filmes.

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