A atriz francesa Catherine Deneuve já chamava a atenção pelo seu talento e, principalmente, pela beleza. O grande sucesso do musical Os Guarda-Chuvas do Amor, dirigido em 1964 por Jacques Demy, a projetou para o mundo. Três anos depois, o espanhol Luís Buñuel a transformou em símbolo sexual com o impactante A Bela da Tarde. Porém, foi o polonês Roman Polanski que moldou sua persona cinematográfica com este Repulsa ao Sexo. Com roteiro escrito pelo próprio Polanski, junto com Gérard Brach, o filme nos apresenta a jovem e tímida Carol Ledoux (Deneuve), uma mulher linda e sexualmente reprimida que trabalha em um salão de beleza. Certo dia, sua irmã viaja e ela fica sozinha no apartamento. A partir daí, Carol nos revela aspectos até então desconhecidos de sua personalidade. Polanski era um cineasta em ascensão. Após o premiado A Faca na Água, este foi seu segundo longa. E o primeiro feito por ele na Inglaterra. Repulsa ao Sexo é um filme complexo que explora questões de profundo teor psicológico. É também um grande estudo de personagem. E Polanski comprova mais uma vez seu talento narrativo que já estava latente nos muitos curtas que dirigiu no início de carreira, ainda na Polônia. Informalmente, Repulsa ao Sexo é conhecido também como a primeira parte de uma “trilogia do apartamento”, que seria completada depois por O Bebê de Rosemary, de 1968, e O Inquilino, de 1976.
REPULSA AO SEXO (Repulsion – Inglaterra 1965). Direção: Roman Polanski. Elenco: Catherine Deneuve, Helen Fraser, Hugh Futcher, Ian Hendry e Imogen Graham. Duração: 124 minutos. Distribuição: Paragon.
Uma resposta
Filme de Mestre com uma das mais belas atrizes do cinema.