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RENOIR

Apesar do título, o filme Renoir, dirigido por Gilles Bourdos, não é uma cinebiografia do renomado pintor impressionista Auguste Renoir. Nem de seu filho, o cineasta Jean Renoir. O roteiro, escrito pelo próprio diretor, junto com Jérôme Tonnerre, se baseia em anotações de Jacques Renoir, bisneto de Auguste e sobrinho de Jean. Tudo acontece na Riviera Francesa, em 1915. Auguste (Michel Bouquet), aos 74 anos, sofre com a morte de sua esposa e com as fortes dores da artrite. Além disso, se preocupa com seu filho Jean (Vincent Rottiers), que foi lutar na Primeira Guerra Mundial. De repente, aparece a bela Andrée (Christa Theret), uma jovem de 17 anos que se torna sua musa. As coisas se complicam quando Jean volta para casa e se apaixona por Andrée. Renoir não tem a ambição de “abraçar” a vida do grande pintor. Muito menos de seu filho. E é aí que concentra seu maior trunfo. Por cobrir um curto período de tempo, o filme termina funcionando mais como uma mescla de duas grandes artes, a pintura e o cinema, que se fundem e se perpetuam dentro de uma mesma família. Vemos o processo criativo de Auguste e, ao mesmo tempo, podemos também perceber as inspirações que culminarão em futuras obras cinematográficas. Renoir não é um filme perfeito. Há falhas de ritmo e situações que o roteiro não explora devidamente. Porém, há diálogos tão inspirados e imagens tão bonitas que estes problemas terminam por não comprometer o resultado final.  

RENOIR (Renoir – França 2012). Direção: Gilles Bourdos. Elenco: Michel Bouquet, Christa Theret, Vincent Rottiers, Thomas Doret, Romane Bohringer e Thierry Hancisse. Duração: 112 minutos. Distribuição: Europa Filmes.

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