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A MEMÓRIA QUE ME CONTAM

A cineasta carioca Lúcia Murat foi militante de esquerda no período da ditadura militar. Presa e torturada, ela carrega esta experiência pessoal em boa parte de sua obra cinematográfica. Seu primeiro trabalho que chamou atenção foi o docudrama Que Bom Te Ver Viva, de 1989. Ela voltou ao tema em Quase Dois Irmãos, de 2004. E, de uma maneira bem pessoal no documentário Uma Longa Viagem, de 2011. No ano seguinte, com A Memória Que Me Contam, Murat, que escreveu o roteiro junto com Tatiana Salem Levy, resgata a personagem de Irene, alter ego da diretora. Ela é interpretada pela atriz Irene Ravache e havia aparecido pela primeira vez em Que Bom Te Ver Viva. Desta vez, Irene e seus amigos de militância estão reunidos outra vez. Tudo gira em torno da ex-guerrilheira Ana (Simone Spoladore), que está bastante doente em um hospital. Murat nos mostra os dramas de cada um dos antigos militantes. A Memória Que Me Contam, de uma certa forma, fecha esta “quadrilogia não oficial” da diretora sobre os anos de chumbo do regime militar brasileiro. E procura, através de suas personagens, analisar os rumos que levaram as vidas de muitas pessoas que lutaram e morreram por uma causa.
A MEMÓRIA QUE ME CONTAM (Brasil 2012). Direção: Lúcia Murat. Elenco: Irene Ravache, Franco Nero, Simone Spoladore, Otávio Augusto, Zecarlos Machado, Clarisse Abujamra, Miguel Thiré e Babu Santana. Duração: 95 minutos. Distribuição: Imovision.

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