Ninguém melhor que um grande diretor para fazer uma homenagem a outro grande diretor. Pode até ser que esta máxima não se aplique muito bem para todos os casos. Porém, no filme Que Estranho Chamar-se Federico, ela funciona com perfeição. Dirigido por Ettore Scola, que também escreveu o roteiro, junto com suas filhas Paola e Silvia, estamos diante de uma obra singular. Uma mistura especial de ficção e documentário. Scola, que era amigo íntimo do mestre Federico Fellini, a partir de suas memórias, nos passa aqui um olhar único sobre o diretor de A Doce Vida. Os dois trabalharam no mesmo jornal nos anos 1940 e nasceu aí uma amizade que perdurou pelas décadas seguintes. Ao utilizar imagens de arquivo com filmagens dramatizadas e cenas dos filmes que Fellini dirigiu, Scola mescla tudo em um mosaico multifacetado e dinâmico que muito honra o legado do retratado. Fellini, certamente, ficaria orgulhoso. E nós, amantes do cinema e de seus grandes mestres, mais ainda.
QUE ESTRANHO CHAMAR-SE FEDERICO (Che Strano Chiamarsi Federico – Itália 2013). Direção: Ettore Scola. Elenco: Tommaso Lazotti, Vittorio Viviani, Sergio Pierattini, Antonella Attili, Sergio Rubini, Vittorio Marsiglia, Giacomo Lazotti, Emiliano De Martino e Maurizio De Santis. Duração: 90 minutos. Distribuição: Imovision.
Uma resposta
Ettore abraçando Fellini… imperdível!