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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

QUANDO SÓ O CORAÇÃO VÊ

O cineasta britânico Guy Green iniciou sua carreira como operador de câmara, em 1934. Nove anos depois, passou a fotografar, até assumir a direção, outros nove anos mais tarde. Quando Só o Coração Vê, de 1965, é seu filme mais lembrado. O roteiro, do próprio diretor, tem por base o romance de Elizabeth Kata. A história gira em torno da jovem Selina (a estreante Elizabeth Hartman), que ficou cega quando criança. Ela é branca e tem pouca escolaridade. Até conhecer Gordon (Sidney Poitier), um negro que decide ajudá-la a sair da vida infernal que leva ao lado da abusiva mãe Rose-Ann (Shelley Winters, que ganhou o Oscar de atriz coadjuvante por este trabalho). Green, com grande habilidade, lida com questões polêmicas e bastante delicadas, como racismo e maus tratos familiares. A direção segura, o texto preciso e o elenco inspirado fazem de Quando Só o Coração Vê uma jóia que destaca ser o amor o que realmente importa na vida. Em tempo: Guy Green, junto com Freddie Young e Jack Cardiff, fundou a Sociedade Britânica de Cinematógrafos.

QUANDO SÓ O CORAÇÃO VÊ (A Patch of Blue – EUA 1965). Direção: Guy Green. Elenco: Sidney Poitier, Shelley Winters, Elizabeth Hartman, Wallace Ford, Ivan Dixon, Elisabeth Fraser e John Qualen. Duração: 105 minutos. Distribuição: MGM.

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