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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

PONTO ZERO

O gaúcho José Pedro Goulart estreou no audiovisual em 1984, quando dirigiu o curta Temporal, onde dividiu a direção com o também gaúcho Jorge Furtado. Dois anos depois ambos dirigiriam outro curta, O Dia em Que Dorival Encarou a Guarda, que os projetou nacionalmente. Após esses trabalhos, Goulart realizaria mais dois curtas e se dedicaria exclusivamente à publicidade. Até que, em 2015, ele finalmente escreveu e dirigiu seu primeiro e único longa até agora: Ponto Zero. Existem filmes que são estranhos, ousados, experimentais e necessários. Essa obra de Goulart é tudo isso e mais um pouco ao se revelar extremamente sensorial. A começar por sua bela abertura que se completa com a cena final em uma simbólica rima visual. A história gira em torno do adolescente Ênio (Sandro Aliprandini), que sofre abusos dentro e fora de casa, o que acentua ainda mais sua timidez. Ele precisa lidar com uma rotina complicada, ao mesmo tempo em que enfrenta um período de forte ebulição hormonal, natural da idade. Goulart conduz sua narrativa com segurança e apesar de alguns pequenos deslizes, há grandes acertos em Ponto Zero, um filme que é estranho, ousado, experimental e necessário.

PONTO ZERO (Brasil 2015). Direção: José Pedro Goulart. Elenco: Sandro Aliprandini, Patricia Selonk, Eucir de Souza e Larissa Tavares. Duração: 84 minutos. Distribuição: Pandora Filmes/Amazon Prime.

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