O cineasta italiano Mario Monicelli cresceu em um lar que discutia cultura e política continuamente. Apesar de ter se formado em História e Filosofia, foi no Cinema que ele descobriu seu verdadeiro talento. Foi crítico cinematográfico durante 17 anos e escreveu duas dezenas de roteiros nesse período. Começou sua carreira como diretor de longas no final dos anos 1940 e desenvolveu um estilo próprio para a comédia. Fez sucesso no mundo todo com os filmes O Incrível Exército de Brancaleone, de 1966, e Meus Caros Amigos, de 1975. Parente… É Serpente, que ele dirigiu em 1992, é outro de seus filmes mais populares. O roteiro de Carmine Amoroso gira em torno de uma típica família italiana que se reúne na casa dos avós para a ceia de Natal. Cada filho tomou um rumo diferente e aquele momento de reunião termina por expor suas verdadeiras personalidades. O clima piora mais ainda quando os avós anunciam que vão morar com um dos filhos. Ninguém quer assumir aquele fardo e os velhinhos vão sendo empurrados de um lado para o outro. O humor corrosivo de Monicelli se faz presente ao longo de todo o filme, principalmente, no desfecho não menos que surpreendente. Parente… É Serpente é ácido ao extremo e reside aí sua originalidade e a visão de mundo de seu diretor.
PARENTE… É SERPENTE (Parenti Serpenti – Itália 1992). Direção: Mario Monicelli. Elenco: Tommaso Bianco, Renato Cecchetto, Marina Confalone, Alessandro Haber, Cinzia Leone, Eugenio Masciari, Paolo Panelli, Monica Scattini, Pia Velsi e Riccardo Scontrini. Duração: 100 minutos. Distribuição: Spectra Nova.
Respostas de 4
Esse filme é muito divertido. Faz anos que procuro para comprá-lo, mas não encontro em lugar algum.
Ao assistir este filme, sempre encontramos paralelos com nossa família, sempre! Aí reside sua graça… rimos de nós mesmos.
Não ouvi direito onde a gente manda a resposta pra ganhar 10 filmes e na realidade estou no trabalho onde Facebook é bloqueado heheheh então vai o chute por aqui mesmo, se valer valeu. O primeiro filme que você comentou hoje foi Meu Pé Esquerdo junto com Lincoln falando do Daniel Day-Lewis eu acho!
Quando penso em comediantes, penso em Chaplin, Jerry Lewis, Peter Sellers, Steve Martin…
Quando penso em estilo de humor, penso em Monty Python, Farrely Brothers, Mel Brooks & Zucker…
Mas quando penso em ROTEIRO DE COMÉDIA, não me vem outro que não seja Monicelli! É o meu Graal da composição narrativa; o texto subiste por si só, e desimporta um tanto de quem estiver à frente ou atrás das câmeras. No bom sentido, é claro.