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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

O SILÊNCIO DE LORNA

Quem acompanha a carreira dos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne sabe que eles não brincam em serviço. Eles, que começaram produzindo documentários, migraram para o cinema de ficção, mas, não abandonaram o estilo documental. Em O Silêncio de Lorna, de 2008, a trama não poderia estar mais sintonizada com a situação atual da Europa. O roteiro, escrito pelos irmãos, conta a história de Lorna (Arta Dobroshi), uma jovem imigrante albanesa que sonha se tornar sócia de seu namorado em uma lanchonete. Para isso, ela precisa obter cidadania belga e termina por se envolver com um mafioso. O plano é bem simples: um casamento de fachada para enganar a imigração. E depois, um crime e um outro casamento. No fundo, Lorna é apenas mais uma peça em uma engrenagem e ninguém melhor que os Dardenne para mostrar como ela funciona. O drama da protagonista aos poucos se torna nosso também. Não parece haver solução para seu problema e o silêncio parece ser a melhor e talvez a única solução. Sem perder o foco em momento algum, os cineastas belgas conduzem essa pequena tragédia humana com a segurança de costume. E nós, espectadores, não temos outra alternativa a não ser ficarmos calados. E isso é muito bom.
O SILÊNCIO DE LORNA (Le Silence de Lorna – Alemanha/Bélgica/França/Inglaterra/Itália 2008). Direção: Jean-Pierre e Luc Dardenne. Elenco: Arta Dobroshi, Jérémie Rénier, Fabrizio Rongione, Alban Ukaj,Morgan Marinne, Olivier Gourmet, Anton Yakovlev, Grigori Manoukov, Mireille Bailly e Stéphanie Gob. Duração: 105 minutos. Distribuição: Imovision. 

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