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O MILAGRE DE BERNA

Da mesma forma que Nelson Mandela utilizou a Copa do Mundo de Rugby de 1995, realizada na África do Sul, para unificar o país, a Copa do Mundo de Futebol de 1954, sediada na Suécia e vencida pela Alemanha, também serviu para unificar um país que ainda se recuperava da derrota na Segunda Guerra Mundial. Em O Milagre de Berna, escrito (junto com Rochus Hahn) e dirigido pelo alemão Sönke Wortmann, tem uma história fictícia daquele verão europeu de 1954. Aqui, o cineasta nos conduz por personagens emblemáticos de um país que procura se reerguer após ser derrotado em um conflito mundial e ter de volta sua autoestima. Richard Lubanski (Peter Lohmeyer) é um soldado que ficou preso na União Soviética e agora tenta se conectar outra vez com sua família. Seu filho, Matthias (Louis Klamroth), de apenas 11 anos, adora futebol e supriu a ausência do pai na figura de Helmut Rahn (Sascha Göpel), jogador do time local e que foi escalado para a seleção nacional. Wortmann utiliza o futebol e, em especial, a Copa do Mundo, para lidar com questões pessoais e ao mesmo tempo coletivas de uma nação que busca se reencontrar. A partida final, que ocorreu no Estádio Wankdorf, em Berna, onde a Alemanha ganhou de virada por 3 a 2 contra a Hungria é o momento de catarse não apenas do filme, mas, também de todo um país que se sentiu unido e fortalecido novamente.

O MILAGRE DE BERNA (Das Wunder von Berna – Alemanha 2003). Direção: Sönke Wortmann. Elenco: Peter Lohmeyer, Louis Klamroth, Peter Franken, Lucas Gregorowicz, Katharina Wackernagel, Sascha Göpel e Johanna Gastdorf. Duração: 118 minutos. Distribuição: Europa Filmes.

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