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O DESERTO DOS TÁRTAROS

Em uma cinematografia repleta de grandes mestres, como é o caso da italiana, é muito difícil para um jovem cineasta encontrar seu espaço. O diretor Valerio Zurlini pertence ao grupo de cineastas que surgiu logo após a geração que criou o movimento neorrealista. Ele começou sua carreira em meados dos anos 1940 e por cerca de dez anos dirigiu apenas documentários, tendo trabalhado inclusive com Roberto Rossellini. A estreia em longas de ficção acontece em 1955, com Quando o Amor é Mentira. Zurlini era contemporâneo de Michelangelo Antonioni e como ambos gostavam de explorar em suas obras temas semelhantes, muitos críticos na época destacaram mais os filmes de Antonioni em relação aos seus. O Deserto dos Tártaros, baseado no romance de Dino Buzatti, foi seu último trabalho como diretor. A história se passa dentro de um forte localizado no meio do deserto, onde soldados esperam a chegada de um inimigo. O tempo passa e o inimigo não chega, enquanto esperam, os dramas pessoais dos soldados vêm à tona. Com um elenco dos sonhos; um roteiro preciso (escrito pelo próprio Zurlini junto com André G. Brunelin); e uma trilha sonora que reforça ainda mais o clima de solidão e melancolia (composta por Ennio Morricone), fazem de O Deserto dos Tártaros uma obra que tirou proveito da passagem do tempo.
O DESERTO DOS TÁRTAROS (Il Deserto dei Tartari – Itália/França/Alemanha 1976). Direção: Valerio Zurlini. Elenco: Vittorio Gassman, Giuliano Gemma, Jacques Perrin, Helmut Griem, Philippe Noiret, Max Von Sydow, Jean-Louis Trintignant, Fernando Rey e Francisco Rabal. Duração: 141 minutos. Distribuição: Versátil.

 

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