Roland Emmerich nasceu na Alemanha e iniciou sua carreira no cinema lá. No entanto, foi em Hollywood que ele encontrou seu lugar em 1992, quando dirigiu Soldado Universal. Lugar que ficou consolidado com o estrondoso sucesso de Independence Day, quatro anos depois. Desde então, Emmerich já destruiu o mundo em seus filmes pelo menos quatro vezes. E o faz, mais uma vez, neste Moonfall: Ameaça Lunar, de 2022, que teve o roteiro escrito por ele, junto com Harald Kloser. A ação se inicia com dois prólogos. O primeiro, em 1969, quando astronautas americanos pisaram na Lua pela primeira vez. O segundo apresenta Jo Fowler (Halle Berry) e Brian Harper (Patrick Wilson) em uma missão espacial que não termina bem. Após esses eventos chegamos ao presente e se descobre que a Lua está saindo de sua órbita e se deslocando em direção à Terra. Quem está acostumado com o chamado “cinemão hollywoodiano” talvez não estranhe. Afinal, Moonfall não traz novidade alguma. Formulaico até a medula, tanto nas situações que apresenta como nos diálogos, tudo parece requentado. E o pior é que perdem demasiado tempo nos conflitos pessoais que desenvolvem e deixam de aproveitar o que a história tem de novo ao ser revelada a verdadeira causa dos problemas. Eu não tenho nada contra o tradicional “feijão com arroz”. Até gosto. Porém, não custaria nada inovar um pouco no tempero aqui.
MOONFALL: AMEAÇA LUNAR (Moonfall – EUA 2022). Direção: Roland Emmerich. Elenco: Halle Berry, Patrick Wilson, John Bradley, Charlie Plummer, Carolina Bartczak, Eme Ikwuakor, Michael Peña e Donald Sutherland. Duração: 120 minutos. Distribuição: Diamond Films.