FILME DO DIA

E-BOOK

CINEMARDEN VAI AO OSCAR

DJANGO

Entre meados das décadas de 1960 e 1970, a Itália reinventou o faroeste e com isso, sem exagero algum, salvou o gênero do completo esquecimento. Dentre os muitos diretores que realizaram esses filmes, que ficaram conhecidos como “faroeste spaghetti”, se destacam três Sergios: o Leone, o Corbucci e o Sollima. O primeiro deles, com sua famosa trilogia dos dólares, não apenas lançou as bases do “bang-bang à italiana”, como revelou Clint Eastwood. O segundo criou um dos maiores ícones do “western made in Italy” no clássico Django, de 1966. O roteiro, escrito por Corbucci junto com seu irmão Bruno, apresenta o misterioso personagem-título, vivido pelo então pouco conhecido Franco Nero, que chega a um pequeno vilarejo na fronteira dos Estados Unidos com o México arrastando um caixão. Ele deseja vingar a morte de sua esposa e termina se envolvendo em uma luta entre duas gangues rivais. Corbucci era amigo de Leone e é visível as similaridades no estilo de ambos. Porém, Django é graficamente bem mais violento que outras obras contemporâneas suas. E Franco Nero estabelece aqui uma persona tão influente e impactante como a do “estranho sem nome” criada por Eastwood. O grande sucesso do filme fez com que surgissem continuações as mais diversas. Mas sem o aval de Corbucci. Além da bela homenagem feita por Quentin Tarantino em Django Livre. Mais isso é outra história.

DJANGO (Itália 1966). Direção: Sergio Corbucci. Elenco: Franco Nero, José Bódalo, Loredana Nusciak, Ángel Álvarez, Gino Pernice, Erik Schippers e Eduardo Fajardo. Duração: 91 minutos. Distribuição: Versátil.

COMPARTILHE ESSA POSTAGEM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

MAIS POSTAGENS

ASSINE E RECEBA NOSSAS ATUALIZAÇÕES