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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

MEPHISTO

István Szabó é um dos maiores nomes do cinema húngaro. Depois da revolução em seu país, em 1956, teria colaborado com o governo comunista. De qualquer maneira, polêmicas político-ideológicas à parte, Szabó construiu uma sólida carreira como cineasta. Primeiro na Hungria, depois na Europa e, por fim, nos Estados Unidos. Seu envolvimento começou em 1959, quando dirigiu seu primeiro curta-metragem. A estreia em longas aconteceu em 1965 e, no ano seguinte, com Pai, seu segundo longa, ele tornou-se mais conhecido. O reconhecimento internacional veio em 1981, quando foi lançado Mephisto. O roteiro, escrito por Szabó, junto com Péter Dobai, a partir do romance homônimo, de Klaus Mann. O filme conta a história de um ator alemão, Hendrik Hoefgen (Klaus Maria Brandauer), que aceita colaborar com os nazistas. Em troca, ele ganha fama e prestígio. Assim como Fausto, ele vende sua alma ao diabo. Muitos viram nesta metáfora uma forte referência a fatos ocorridos na vida do próprio diretor. Se é verdade ou não, pouco importa. Mephisto é uma obra impactante independente disso. Além da direção segura e da força do roteiro, o filme conta ainda com Klaus Maria Brandauer em estado de graça. O ator austríaco, bastante popular na televisão, tinha apenas um filme no currículo. Seu desempenho no papel-título o tornou mundialmente conhecido. Mephisto foi premiado em Cannes e ganhou também o Oscar de melhor filme estrangeiro.
MEPHISTO (Mephisto – Hungria/Áustria/Alemanha 1981). Direção: István Szabó. Elenco: Klaus Maria Brandauer, Krystyna Janda, Ildiko Bansagi, Karin Boyd e Christine Harbot. Duração: 144 minutos. Distribuição: Platina Filmes.

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