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MALÊS

A Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador, na Bahia, em 1835, envolveu mais de 600 africanos escravizados, a maioria de origem nagô e haussá, e muitos deles eram muçulmanos. O objetivo maior era se libertarem da escravidão e poderem exercer livremente sua religião. Essa é a história que o ator Antonio Pitanga decidiu contar em Malês, seu segundo trabalho como diretor, 45 anos depois de Na Boca do Mundo. O roteiro, escrito por Manuela Dias, Orlando Senna e o próprio Pitanga, gira em torno de líderes como Pacífico Licutan (Pitanga) e de um casal que no dia do casamento, na África, é capturado, separado e levado à força para o Brasil. Essas histórias se cruzam, se misturam e estão no centro do filme. A família Pitanga está em peso aqui. Além de Antonio em função quádrupla (roteiro, produção, direção e atuação), a filha Camila e o filho Rocco também se fazem presentes em papéis-chaves. Porém, apesar da força da premissa, tramas de estrutura coral como esta, por conta da multiplicidade de personagens, torna difícil definir um único foco ou núcleo a seguir. Diante dessa encruzilhada e com múltiplos caminhos a seguir, Pitanga perde o foco e é justamente aí que reside o maior problema de Malês.

MALÊS (Brasil 2024). Direção: Antonio Pitanga. Elenco: Camila Pitanga, Rocco Pitanga, Rodrigo dos Santos, Bukassa Kabengele, Samila Carvalho, Heraldo de Deus, Thiago Justino, Patrícia Pillar e Antonio Pitanga. Duração: 114 minutos. Distribuição: Imovision.

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