Nos últimos tempos os nomes James Wan e Blumhouse têm sido sinônimos de sucessos do terror. M3GAN, nova produção do estúdio, escrito por Akela Cooper a partir de uma história criada por Wan, é mais uma prova dessa rica parceria. A direção ficou a cargo do neozelandês Gerard Johnstone, que antes havia dirigido apenas um longa, Housebound, em 2014. Ele imprime novamente aqui a mesma mistura de horror e humor, ainda que esse humor seja em boa parte involuntário. Após um trágico prólogo somos apresentados à Gemma (Allison Williams), uma mulher focada em seu trabalho criando robôs de brinquedo. Ela cria uma boneca com inteligência artificial para se tornar a melhor amiga de uma criança, no caso, sua sobrinha Cady (Violet McGraw). O problema é que Megan foi programada para reagir a qualquer demonstração emotiva de Cady e protegê-la a qualquer custo. Quem já viu os filmes da franquia Brinquedo Assassino sabe o rumo que esse tipo de história vai ter. Não é diferente em M3GAN. O que muda é a saída do fator sobrenatural e a entrada em seu lugar de uma avançada tecnologia. Há situações previsíveis, é verdade, mas a “embalagem” é boa o suficiente para garantir bons sustos e, em certa medida, boas risadas.

M3GAN (EUA 2023). Direção: Gerard Johnstone. Elenco: Allison Williams, Violet McGraw, Ronny Chieng, Brian Jordan Alvarez, Jen Van Epps, Stephane Garneau-Monten e Amie Donald. Duração: 102 minutos. Distribuição: Universal