No cenário musical brasileiro da segunda metade dos anos 1960 existia a Bossa Nova, a Jovem Guarda, o Tropicalismo e a MPB. E existia também Os Mutantes, grupo formado em 1966 por Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias. Eles faziam um som psicodélico de forte inspiração no som dos Beatles. Afinados com o movimento Tropicalista, a banda foi uma das mais influentes da história do rock nacional. Loki – Arnaldo Baptista, dirigido por Paulo Henrique Fontenelle, é uma cinebiografia do líder d’Os Mutantes. O título faz referência ao nome do primeiro álbum solo de Baptista. De formato convencional, porém, extremamente envolvente, o documentário apresenta imagens raras do artista, intercaladas com depoimentos de Tom Zé, Sean Lennon, Nelson Motta, Kurt Cobain, Gilberto Gil e muitos outros. Fontenelle, diante do vasto material que tinha a seu dispor e tendo como figura de frente alguém genial como Arnaldo Baptista, não quis inventar a roda. Ligou a câmara, deixou o artista solto, gravou os depoimentos adicionais e juntou tudo na sala de montagem. Pronto. Aparentemente sem muito esforço, montou um filme simples, porém, cativante.
LOKI – ARNALDO BAPTISTA (Brasil 2008). Direção: Paulo Henrique Fontenelle. Documentário. Duração: 120 minutos. Distribuição: Canal Brasil.
Uma resposta
De pronto, já vale por estarmos diante de Arnaldo Baptista. E que belo cidadão brasileiro! PS: Queria ter visto um show d´Os Mutantes ao vivo.