Natural de Melbourne, na Austrália, o roteirista e diretor Leigh Whannell foi ator por quase 20 anos antes de estrear atrás das câmeras, em 2015. Desde 2020 ele vem, digamos assim, modernizando os clássicos de terror da Universal. Isso começou com O Homem Invisível, que sem querer fazer um trocadilho infame, lhe deu muita visibilidade na indústria e junto ao público. Seu filme seguinte é esta nova versão de Lobisomem, que ele lançou em 2025 e dividiu a escrita do roteiro com Corbett Tuck, sua esposa. Temos aqui a segunda produção da Blumhouse para o chamado Monstroverso da Universal. Coincidentemente, os dois feitos até o momento tiveram a direção de Whannell. Tudo começa com um prólogo de 30 anos atrás onde somos apresentados ao menino Blake, que vive com o pai em uma cabana no meio de uma floresta. Tomamos conhecimento de uma lenda indígena que fala da existência de um ser meio-homem, meio-lobo. O filme então avança para o presente e revemos Blake (Christopher Abbott) casado com Charlotte (Julia Garner) e pai de Ginger (Matilda Firth). Uma carta faz com que ele e a família se desloquem até a antiga cabana onde morou quando criança e, a partir daí, a maldição do homem-lobo se torna bastante real. O Lobisomem de Whannell tem bons momentos e uma novidade bem interessante, como a visão da criatura. A história começa bem nos apresentando as personagens e criando suspense em relação ao que foi mostrado no prólogo. No entanto, a segunda metade se resolve mal e parece desconectada da primeira. Uma pena, já que o diretor havia realizado um ótimo trabalho em O Homem Invisível e a expectativa em torno dessa nova obra sua era muito alta.

LOBISOMEM (Wolf Man – EUA/Nova Zelândia/Irlanda 2025). Direção: Leigh Whannell. Elenco: Christopher Abbott, Julia Garner, Matilda Firth, Benedict Hardie e Sam Jaeger. Duração: 103 minutos. Distribuição: Universal.