O americano James L. Brooks já tinha uma carreira consolidada como roteirista e produtor de televisão quando dirigiu seu primeiro longa, Laços de Ternura, em 1983. O roteiro, escrito por ele, se baseia em um livro de Larry McMurtry, carregado de elementos melodramáticos. A história gira em torno de suas mulheres: Aurora (Shirley MacLaine) e Emma (Debra Winger). Elas são mãe e filha e não têm a melhor das relações. No entanto, o destino se encarrega de pregar peças inesperadas na vida das duas. E nesse quesito, Brooks se encarrega, com extrema habilidade, de passar do drama à comédia e vice-versa, de maneira natural, desconcertante e encantadora. Além dos diálogos inspirados do roteiro e da direção precisa, o elenco, muito bem escolhido, é, para dizer o mínimo, soberbo. Não por acaso, Laços de Ternura foi indicado a onze prêmios Oscar e ganhou cinco: melhor filme, diretor, atriz (McLaine), ator coadjuvante (Jack Nicholson) e roteiro adaptado. Falando nisso, deixei de mencionar duas coisas bem importantes: 1) o divertido astronauta aposentado Garrett, vivido por Nicholson, vizinho de Aurora e 2) James L. Brooks é o homem que deu uma chance para Matt Groening e levou para a TV uma família que ele havia criado e que hoje o mundo inteiro conhece e adora, Os Simpsons.