A vida da pintora mexicana Frida Khalo daria mesmo um filme. Ou melhor, um ótimo melodrama. Basta ler sua biografia para constatar isso. Ela, que é considerada a primeira artista surrealista da América Latina, era filha de pai alemão e mãe mexicana. Mulher de fibra, beleza e talento, sobrevivente de um grave acidente de ônibus na adolescência e que marcou sua vida. Assim como o casamento com o pintor Diego Rivera. A atriz Salma Hayek sempre foi fascinada por ela e essa admiração a fez produzir a cinebiografia da pintora, bem como vivê-la na telona. Frida, dirigido pela cineasta Julie Taymor, tem por base a biografia escrita por Hayden Herrera. Antes de mais nada, é preciso deixar claro que se trata de um filme de fã, no caso, a atriz-produtora. Isso faz com que alguns excessos sejam perdoados. A diretora consegue imprimir nas cenas a força e as cores que marcaram a obra da pintora. A interação de Hayek com o ator Alfred Molina, que interpreta Rivera, também contribui muito. Frida, o filme, assim como a artista que o inspirou, é polêmico, intenso e belo.
FRIDA (Frida – EUA 2002). Direção: Julie Taymor. Elenco: Salma Hayek, Alfred Molina, Valeria Golino, Antonio Banderas, Diego Luna, Mia Maestro, Geoffrey Rush, Ashley Judd e Edward Norton. Duração: 123 minutos. Distribuição: Imagem Filmes.
Respostas de 2
Um belo filme sobre uma artista extraordinária. Mesmo que, confesso, gosto mais de Diego Rivera. Mas sim, Marden tem razão, a química de ambos protagonistas nos abraça de maneira intensa e mistura os dois com uma só arte.
Eu adoro a Frida. Eu acho ela uma personagem intrigante. Lembro da primeira vez que vi um dos quadros dela, eu era pequena e fiquei perturbada com a pintura. Quando saiu o filme sobre ela, corri assistir. É lindo. Não parece real, como pode alguém ter vivido tantas experiências? Parece tudo inventado, de tão rico que é.