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JOGO DE INTRIGAS

Existe uma obra de William Shakespeare que, de tão popular e emblemática, seu titulo, que é o nome da personagem principal, virou sinônimo de pessoa ciumenta. Estou falando, claro, de Otelo, o mouro de Veneza. Muitas versões para o cinema já foram feitas. Todas respeitando o material clássico e a época original da historia. Isto mudou em 2001, quando o ator Tim Blake Nelson, em seu segundo longa como diretor, realizou Jogo de Intrigas. Assim, até parece não existir uma ligação com o texto shakespeareano. Em inglês, o filme se chama simplesmente “O”. Pois é desta forma que Odin (Mekhi Phifer) é chamado por seus amigos. O roteiro, escrito pelo estreante Brad Kaaya, transporta a ação para uma escola particular onde Odin é o grande ídolo do time de basquete. Ele namora Desi (Julia Stiles) e é alvo da inveja, armações e mentiras de Hugo (Josh Hartnett). O clima trágico provocado pela personalidade frágil, insegura e ciumenta de Odin é pontuado já nas primeiras cenas pelo diretor. O resto, fica por conta do roteiro e dos atores. E o resultado final é bastante satisfatório.

JOGO DE INTRIGAS (“O” – EUA 2001). Direção: Tim Blake Nelson. Elenco: Josh Hartnett, Julia Stiles, Mekhi Phifer, Andrew Keegan, Chris Freihofer, Rain Phoenix, Elden Henson, John Heard e Martin Sheen. Duração: 95 minutos. Distribuição: Imagem Filmes.

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