A cineasta canadense Anaïs Barbeau-Lavalette começou sua carreira em 2006, dirigindo um documentário para televisão. Inch’Allah, que escreveu e dirigiu em 2012, é seu segundo longa. O filme conta a história de Chloé (Evelyne Brochu), uma mulher dividida no meio do conflito entre israelenses e palestinos. Ela trabalha como médica em Ramallah e mora em Jerusalém com Ava (Sivan Levy), que é soldada do exército de Israel. E no campo de refugiados, onde monitora a gravidez de diversas jovens, ela fica amiga de uma das pacientes, Rand (Sabrina Ouazani). Por melhores que sejam as intenções de Chloé, ela é uma estrangeira naquela terra. A visão da diretora-roteirista não deixa de ser ousada, apesar de parecer, algumas vezes, cair no clichê de reportagens e notícias sobre o conflito entre árabes e judeus. O ponto de vista que acompanhamos no filme é o Chloé, que é, em essência, o de Anaïs Barbeau-Lavalette. O próprio título, Inch’Allah, uma expressão que significa “se Deus quer”, reforça esta postura da cineasta.
INCH’ALLAH (Inch’Allah – Canadá/França 2012). Direção: Anaïs Barbeau-Lavalette. Elenco: Evelyne Brochu, Sabrina Ouazani, Yousef Sweid, Sivan Levy, Zorah Benali e Carlo Brandt. Duração: 102 minutos. Distribuição: Imovision.
Uma resposta
Filme que desperta, no mínimo, a curiosidade.