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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

FANTASIA

Misturar música clássica com animação. Som e imagem. Walt Disney já tinha uma vasta experiência nessa área. Entre 1929 e 1939 ele produziu a série Silly Symphonies, que, além de apresentar novas personagens, serviu como preparação para sua obra suprema e mais ambiciosa. Fantasia consumiu, literalmente, todo o lucro obtido com Branca de Neve e os Sete Anões e Pinóquio. Foi uma aposta muito alta e arriscada. A crítica o massacrou e o público não compareceu aos cinemas como esperado. O nascente império Disney foi salvo somente no ano seguinte, graças ao estrondoso sucesso de Dumbo. O filme é composto por oito segmentos. Cada um deles destacando um compositor clássico diferente: Bach, Tchaikovsky, Dukas, Stravinsky, Beethoven, Ponchielli, Mussorgsky e Schubert. O resultado talvez seja simplesmente a melhor fusão de som e imagem da história do cinema. Foram necessários 20 anos para que Fantasia começasse a ser apreciado e reconhecido como o clássico que é. Um filme tão a frente de seu tempo que quando foi lançado em VHS, em 1990, não precisou de uma grande restauração. Foram feitos apenas pequenos ajustes nas cores e nenhum no som. Seis décadas depois, a Disney produziu uma continuação, Fantasia 2000, que apesar de utilizar tecnologias mais modernas de animação, não tem o mesmo brilho do original.

FANTASIA (Fantasia – EUA 1940). Direção: James Algar e Samuel Armstrong. Animação. Duração: 124 minutos. Distribuição: Buena Vista.

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