O 29ª longa de animação da Pixar, Elio, deveria ter estreado no início de 2024. Porém, as greves dos sindicatos de atores e roteiristas atrasaram o processo e o lançamento ficou para meados do ano seguinte. Mas este foi, no final, o menor dos problemas. A produção enfrentou troca de diretores e ajustes no roteiro de Julia Cho, Mark Hammer e Mike Jones. A direção acabou dividida entre Adrian Molina, Madeline Sharafian e Domee Shi. A história em si não traz muita novidade. É até bem parecida, em certa medida, com a de Lilo e Stitch. Somos apresentados ao personagem-título, um menino de 11 anos, órfã e criado pela tia. Ele é sonhador, criativo, extremamente solitário e tão fascinado pelo espaço que deseja ser abduzido por alienígenas. Nem preciso dizer que o desejo dele é atendido. Elio é levado para o Comuniverso. Lá acreditam ser ele um embaixador terrestre, surgem algumas confusões que resultam em uma crise intergaláctica. O conflito vivido pelo garoto que busca se conectar com pessoas distantes, já que não consegue fazê-lo com quem está perto é conhecido. Elio, mesmo sem trazer nada de novo e original, é bem feito e traz cores e imagens deslumbrantes, em especial, ao mostrar o Comuniverso e seus habitantes. E ainda tem um pequeno herói inseguro, mas corajoso e bastante carismático.
ELIO (EUA 2025). Direção: Adrian Molina, Madeline Sharafian e Domee Shi. Animação. Duração: 99 minutos. Distribuição: Walt Disney Pictures.