Os cineastas argentinos Mariano Cohn e Gastón Duprat trabalham desde 1992 como roteiristas, produtores e diretores. Às vezes sozinhos e na maior parte das vezes em dupla. É o caso deste Concorrência Oficial, que dirigiram em 2021 e escreveram o roteiro, junto com Andrés Duprat, irmão de Gastón. Tudo começa quando o bilionário Humberto Suárez (José Luis Gómez) tem a ideia de produzir um filme e contrata a famosa e excêntrica diretora Lola Cuevas (Penélope Cruz) para dirigi-lo. Ela, por sua vez, convida os atores Félix Rivero (Antonio Banderas) e Iván Torres (Oscar Martínez) para os papéis principais. Os problemas surgem quando os egos de ambos começam a inflar. Apesar de talentosos, os dois são bem diferentes na maneira como encaram o trabalho. Félix é pop e adora a fama. Já Iván, devoto do teatro, tem uma relação, digamos assim, mais radical com a arte da atuação. Isso transforma os ensaios em uma verdadeira zona de guerra. Ainda mais tensa por conta do temperamento de Lola. Concorrência Oficial traz uma crítica sutil ao mundo artístico, tem diálogos inspirados e Antonio Banderas genialmente canastra. Em tempo: o filme dentro do filme é inspirado no livro da personagem vivida por Oscar Martínez na obra O Cidadão Ilustre, dirigido por Cohn e Duprat, em 2016.
CONCORRÊNCIA OFICIAL (Competencia Oficial – Espanha/Argentina 2021). Direção: Mariano Cohn e Gastón Duprat. Elenco: Penélope Cruz, Antonio Banderas, Oscar Martínez, José Luis Gómez, Manolo Solo, Nagora Aranburu, Irene Escobar, Pilar Castro e Koldo Olabarri. Duração: 115 minutos. Distribuição: Star+.