A história de Branca de Neve e os Sete Anões, dos irmãos Grimm, já ganhou inúmeras versões para o cinema e para a televisão. A mais conhecida é a animação feita por Walt Disney, em 1937. Em tempos de “atualizações” de contos de fadas, que resultou em equívocos como Branca de Neve e o Caçador, chega esta original versão espanhola para a clássica história. Branca de Neve, ou melhor, Blancanieves, escrito e dirigido por Pablo Berger, transporta a ação para a Sevilha de 1920 e transforma nossa heroína em uma toureira. Mudo e em preto e branco, Branca de Neve consegue ser mais impactante neste “despir” do uso das novas tecnologias do que o premiado O Artista, que ganhou o Oscar de 2011. Quem conhece o conto de fada encontrará nesta inusitada visão todos os elementos e personagens que se tornaram clássicos. Berger consegue, ao mesmo tempo, injetar sangue novo em uma história bastante familiar e fazer uma linda homenagem ao cinema dos anos 1920-1930. De quebra, ainda imprime um climático visual gótico que dá um “colorido” todo especial à trama. Deixe de lado qualquer preconceito que você possa ter pelo fato de se tratar de um filme mudo e em preto e branco e embarque sem medo nesta aventura.
BRANCA DE NEVE (Blancanieves – Espanha 2012). Direção: Pablo Berger. Elenco: Macarena García, Maribel Verdú, Emilio Gavira, Daniel Giménez Cacho, Rámon Barea, Inma Cuesta, Ángela Molina e Sofia Oria. Duração: 105 minutos. Distribuição: Imovision.
Uma resposta
Sensacional. Vou assistir o quanto antes!