Naquele ano de 1987, o cineasta australiano George Miller era conhecido “apenas” como o criador e diretor da trilogia Mad Max. Seu nome estava ligado ao cinema de ação pós-apocalíptico. Ninguém imaginava que ele seria capaz de dirigir uma comédia. E contrariando todas as expectativas, Miller realiza este As Bruxas de Eastwick e comprova sua versatilidade. Com roteiro de Michael Cristofer, baseado no livro homônimo de John Updike, acompanhamos aqui a vida tediosa de três mulheres em uma pequena cidade da Nova Inglaterra. São elas: Jana (Susan Sarandon), Suki (Michelle Pfeiffer) e Alexandra (Cher). Toda quinta-feira o trio se reúne para conversar e tomar um coquetel. E a conversa sempre termina em um mesmo assunto: a falta de homens no lugar. Mas não um homem qualquer. A falta de um homem que preencha as expectativas de cada uma. Desse desejo aliado a uma brincadeira mágica, coincidentemente ou não, aparece na cidade Daryl Van Horne (Jack Nicholson), que preenche todos os requisitos das amigas. Algo tão difícil que chega a parecer até coisa do demônio. As Bruxas de Eastwick tira seu humor justamente dessa postura desesperada de três mulheres em encontrar o que elas julgam ser o homem ideal para dividir a vida com elas. E Miller não se esquiva de “apimentar” tudo.
AS BRUXAS DE EASTWICK (The Witches of Eastwick – EUA 1987). Direção: George Miller. Elenco: Jack Nicholson, Susan Sarandon, Michelle Pfeiffer, Cher, Richard Jenkins, Veronica Cartwright e Carel Struycken. Duração: 119 minutos. Distribuição: Warner.