Em 1993, Quentin Tarantino ainda não era Quentin Tarantino. Ele tinha apenas um longa no currículo, Cães de Aluguel, e tinha alguns roteiros vendidos. Um deles, Assassinos Por Natureza, foi comprado e dirigido por Oliver Stone. O outro, Amor à Queima-Roupa, caiu nas mãos de Tony Scott e, apesar de não ter sido realizado pelo próprio Tarantino, está impregnado com sua marca singular de contar histórias. Ao contrário do que foi feito por Stone, que desagradou seu criador, Amor à Queima-Roupa é tipo aquele filho que vai embora de casa e depois enche o pai de orgulho. A trama, cheia de criativas e inusitadas reviravoltas, gira em torno do casal Clarence (Christina Slater) e Alabama (Patricia Arquette). Os dois se apaixonam louca e perdidamente e resolvem começar uma vida nova juntos. Algumas questões precisam ser resolvidas antes e eles terminam roubando por engano uma mala com meio milhão de dólares em cocaína. A partir daí, eles passam a ser perseguidos. Traficantes, polícia e máfia, todos estão no encalço dos dois. Diálogos rápidos e inspirados, ação vertiginosa, elenco vasto e primoroso, inúmeras referências ao cinema e à cultura pop. Tudo que é caro em uma obra de Tarantino está presente aqui. Até parece que o filme não foi dirigido por Tony Scott, tão forte que é a presença do roteirista. Amor à Queima-Roupa é violento, romântico, divertido e apaixonante. Preste atenção em três participações especiais: Val Kilmer (no papel do fantasma de Elvis Presley), Brad Pitt (como um drogado que sempre dá as dicas certas) e Dennis Hopper (que faz o pai de Clarence e tem uma conversa esclarecedora com Christopher Walken).
AMOR À QUEIMA-ROUPA (True Romance – EUA 1993). Direção: Tony Scott. Elenco: Christian Slater, Patricia Arquette, Dennis Hopper, Gary Oldman, Christopher Walken, Bronson Pinchot, Michael Rapaport, Saul Rubinek, Tom Sizemore, Samuel L. Jackson, James Gandolfini, Brad Pitt, Chris Penn e Val Kilmer. Duração: 120 minutos. Distribuição: Líder.
Respostas de 3
Para ver repetidas e repetidas vezes!… um agradável vício, por assim dizer.
É o meu Tarantino/Não-Tarantino predileto, seguido de perto por Assassinos Por Natureza.
Olá Marden, comecei acompanhar vc aqui! Parabéns pelo Blogger.