O belga Ulu Grosbard trabalhou como cortador de diamantes em seu país natal antes de se mudar para os Estados Unidos, onde foi estudar na Universidade de Chicago. Depois se formou em Artes Cênicas e tornou-se diretor teatral no final dos anos 1950. A estreia no cinema ocorreu quase 10 anos mais tarde, em 1968, com A História de Três Estranhos, adaptado de uma premiada peça escrita por Frank D. Gilroy, autor também do roteiro. Caso o título original tivesse sido traduzido literalmente, seria algo como “o assunto eram as rosas”. No entanto, o próprio cartaz do filme faz referência a três estranhos: uma mãe (Patricia Neal), um pai (Jack Albertson) e um filho (Martin Sheen). Timmy volta para casa após lutar na Segunda Guerra Mundial e encontra seus pais, Nettie e John, bem diferentes de quando os deixou. É sabido que os filhos são criados para o mundo. A vida que Timmy tinha em casa antes de partir era uma. Agora, ao retornar, o que ele presencia é algo bastante diverso. Reside aí toda a força dramática da história contada por Grosbard e defendida com convicção pelo trio de atores. Todos eles excepcionais. Em especial, Jack Albertson, vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante por este papel.
A HISTÓRIA DE TRÊS ESTRANHOS (The Subject Was Roses – EUA 1968). Direção: Ulu Grosbard. Elenco: Patricia Neal, Jack Albertson e Martin Sheen. Duração: 107 minutos. Distribuição: MGM.