Existem filmes que se sustentam independentemente de quem esteja por trás das câmeras. Às vezes, por conta do carisma do elenco. Outras pela estrutura do roteiro. Este é o caso de A Garota no Trem, dirigido com certa preguiça por Tate Taylor, que antes havia realizada Histórias Cruzadas. Porém, o talento de Emily Blunt salva o espetáculo. Ela vive Rachel, uma mulher recém-divorciada, alcoólatra, sem emprego e com visíveis sinais de depressão. Todos os dias ela pega o trem do subúrbio até a cidade. E da janela do vagão, observa e idealiza a vida das pessoas que vê. Em especial, um jovem casal que ela julga perfeito. Certo dia, a mulher desaparece e Rachel procura a polícia. A partir daí, ela se envolve cada vez mais em uma teia cheia de mistérios. O roteiro de A Garota no Trem, escrito por Erin Cressida Wilson, se baseia no romance de Paula Hawkins e conta uma história que apresenta personagens interessantes e constrói situações interessante. Infelizmente, caiu nas mãos de um diretor sem inspiração alguma. Mas, como eu já disse, o talento, a beleza e o carisma de Emily Blunt salvam o espetáculo.
A GAROTA NO TREM (The Girl on the Train – EUA 2016). Direção: Tate Taylor. Elenco: Emily Blunt, Rebecca Ferguson, Haley Bennett, Justin Theroux e Luke Evans. Duração: 111 minutos. Distribuição: Universal.
