Sem querer fazer um trocadilho com o título original de O Grande Truque, Christopher Nolan ganhou “prestígio” com o sucesso de Batman Begins e, antes de dirigir sua continuação, realizou este filme com roteiro escrito por seu irmão, Jonathan, a partir do livro de Christopher Priest. Aqui, as aparências enganam completamente e nada é o que parece ser. Estamos em um mundo cheio de magia, ou melhor, de mágicas. Virada do Século XIX para o XX. Um período em que as pessoas acreditavam que a tecnologia poderia resolver todos os problemas. Uma época de transformações. Robert Angier (Hugh Jackman) e Alfred Borden (Christian Bale) são mágicos e rivais e buscam incansavelmente o “grande truque”, aquele que irá iludir a todos. Todo mágico sabe que nesse ramo, mais do que em qualquer outro, o segredo é a alma do negócio. Nolan é um diretor criativo e cheio de surpresas. Se fosse menos talentoso e se deixasse levar pela boa acolhida de sua reinvenção cinematográfica do Homem-Morcego, teríamos um filme que poderia ser bobo e fácil ou pretensioso e confuso. O Grande Truque revela um diretor inquieto, que gosta de enfrentar desafios e fugir dos lugares-comuns. Narrado de maneira não-linear, o filme exige do espectador atenção redobrada. Ao longo da trama muitas pistas são espalhadas e cabe ao espectador montar o quebra-cabeças. Preste atenção na participação especial de David Bowie, no papel do cientista Nicola Tesla, única personagem real da história. E se após o término do filme você ficar com aquela sensação de que deixou escapar alguma coisa, não tenha pudor: simplesmente veja outra vez. O Grande Truque faz parte daquele raro grupo de filmes que melhora a cada nova visita.
Respostas de 5
A primeira vez que vi foi em uma pré-estréia e não havia lido nada sobre o filme, nem que o David Bowie era parte do elenco, me pegou de surpresa, surpresa boa, a interpretação dele ficou marcada e se já era fã do grande cameleão do rock, fiquei mais ainda. Ótimo filme.
Não pisque os olhos… você está assistindo O Grande Truque!
Gostei bastante, alias bem mais do que O ILUSIONISTA.
JOPZ
Quando os mágicos vão assistir o número do chinês que materializava aquários é memorável. Christopher Nolan em seu melhor momento, longe do cinema pop, perto do cinema genial.
nolan é genial!!