James Bond, o agente secreto mais famoso do mundo, foi criado em 1953 pelo escritor Ian Fleming. A estreia cinematográfica aconteceu em 1962, com o filme O Satânico Dr. No. Desde então, seis atores diferentes personificaram 007, de Sean Connery, o primeiro, até Daniel Craig, o mais recente. Operação Skyfall estava previsto para 2010. Os problemas financeiros da MGM provocaram um atraso na produção. O diretor Sam Mendes, mais conhecido por seus dramas, já havia sido contratado para dirigir a nova aventura e decidiu aproveitar a pausa forçada para lapidar o roteiro, escrito por Neal Purvis, Robert Wade e John Logan. Quando as filmagens tiveram início, Mendes tinha nas mãos o melhor de todos os roteiros já escritos para um filme de Bond. Além disso, tinha a grande responsabilidade de realizar o filme que comemoraria os 50 anos da personagem nos cinemas. Com meio século de tela e com um público e uma realidade mundial bem diferentes, era chegada a hora de fazer algumas mudanças e, principalmente, algumas atualizações. Skyfall consegue tudo isso. E melhor, com louvor. Daniel Craig, em seu terceiro filme interpretando o agente, revela-se bem à vontade na pele de 007. Além disso, temos um roteiro preciso que homenageia, sem pieguice, toda a herança imagética que envolve James Bond e quem trabalha com ele no Serviço Secreto Britânico. Completando os inúmeros acertos do filme, uma bela música-tema, cantada por Adele, que ganhou o Oscar 2012 de melhor canção; um ótimo vilão vivido com prazer pelo ator espanhol Javier Bardem, sem contar o estupendo elenco de apoio; uma fotografia primorosa e uma montagem arrebatadora. Sam Mendes realizou um filme onde tudo, absolutamente tudo, funciona a favor da história. Quem poderia supor que o cinquentão Bond conseguiria enfrentar e sair vitorioso contra o maior inimigo de qualquer franquia, o tempo.