O roteirista, compositor, diretor e produtor alemão Tom Tykwer se envolveu com o Cinema muito cedo, quando tinha 11 anos e começou a fazer filmes com uma câmara super 8. Mais tarde, trabalhou como projecionista e programador de uma sala de cinema em Berlim. Encorajado por amigos, dirigiu seus primeiros curtas e em 1993 realizou o primeiro longa. No entanto, foi com Corra, Lola, Corra, lançado em 1998, que ele conquistou o público e a crítica do Festival de Sundance e depois, o mundo. O roteiro, de sua autoria, nos apresenta Lola (Franka Potente). Ela descobre que Manni (Moritz Bleibtreu), seu namorado, perdeu uma mala cheia de dinheiro que pertencia a um gangster. Lola tem apenas 20 minutos para encontrar uma solução para o problema de Manni, antes que ele cometa outro erro. Para atingir seu objetivo, Lola corre e corre e corre. Tykwer utiliza um engenhoso recurso narrativo para contar sua história. Ele apresenta a mesma corrida de Lola três vezes. Cada uma delas com pequenas diferenças entre si. Aliado à montagem frenética de Mathilde Bonnefoy e ao uso quase estourado da fotografia de Frank Griebe, o efeito final é dos mais intrigantes e envolventes. Sem esquecer a trilha sonora eletrônica mais do que adequada, composta por Reinhold Heil, Johnny Klimek e o próprio Tom Tykwer. Corra, Lola, Corra é um belo e criativo exercício cinematográfico que leva a expressão “moving pictures” (imagens em movimento) ao extremo.
CORRA, LOLA, CORRA (Lola Rennt – Alemanha 1998). Direção: Tom Tykwer. Elenco: Franka Potente, Moritz Bleibtreu, Herbert Knaup, Armin Rohde, Nina Petri, Joacim Król, Ludger Pistor, Suzanne Von Borsody, Sebastian Schipper, Julia Lindig e Lars Rudolph. Duração: 81 minutos. Distribuição: Sony.
Respostas de 4
Por vezes nos dá a sensação de estarmos nós igualmente correndo. Foi uma bela surpresa quando assisti pela primeira vez e segue bem, nas revisitas a Lola.
Ótimo filme.
Nobody runs like Lola!
Vi esse filme no Cine Luz, na praça Santos Andrade. Eu e minha esposa estávamos no comecinho do namoro. Eu fazia um curso de cinema nessa época. Ela me achava descolado porque eu gostava desses filmes alternativos. Fazia parte do meu charme, hehehe. Estamos juntos até hoje. Ah, e o filme é sensacional!