O britânico Ian Fleming fez parte da Inteligência de seu país durante a Segunda Guerra Mundial. Depois tornou-se jornalista e escritor e nessa última função criou um dos mais icônicos espiões da literatura e do cinema, James Bond, o agente secreto de Sua Majestade, conhecido pelo codinome de 007. A primeira aparição ocorreu em 1952, no livro Cassino Royale. O sucesso foi tanto que dez anos depois ele estreou no cinema com este 007 Contra o Satânico Dr. No, de Terence Young, marco inicial da mais longeva franquia cinematográfica de todos os tempos. Com roteiro de Richard Maibaum, Johanna Harwood e Berkely Mather, a trama nos apresenta Bond (Sean Connery), que investiga o desaparecimento de um colega seu. Isso o leva ao esconderijo do Dr. No (Joseph Wiseman), um gênio com um plano maluco de desviar o rumo dos foguetes norte-americanos. A ação se passa quase que integralmente na Jamaica e estabelece alguns dos padrões da franquia que seriam aprimorados dois anos depois em Goldfinger, o terceiro filme. Em tempos de Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética um espião sofisticado como James Bond caiu no gosto do público, o que resultou em ótimo faturamento nas bilheterias mundiais. A partir daí, mais 25 filmes foram feitos com seis diferentes atores interpretando 007. Ele, definitivamente, veio para ficar. O resto é história.
007 CONTRA O SATÂNICO DR. NO (Dr. No – Inglaterra 1962). Direção: Terence Young. Elenco: Sean Connery, Ursula Andress, Joseph Wiseman, Jack Lord, Bernard Lee, John Kitzmiller e Anthony Dawson. Duração: 111 minutos. Distribuição: Warner.