Os gêmeos John e Roy Boulting trabalharam juntos como produtores e diretores durante quase 40 anos. Era comum revezarem as funções e, às vezes, um deles assumia também a função de roteirista. No caso de Ultimatum, de 1950, ambos dividiram a produção e direção. Porém, apenas Roy escreveu o roteiro, junto com Frank Harvey, a partir de uma história original de Paul Dehn e James Bernard, premiada com o Oscar da categoria. A tensa trama gira em torno do professor Willingdon (Barry Jones). Ele trabalha num centro de pesquisa atômica e, ao perceber o potencial destrutivo daquela tecnologia, monta uma bomba nuclear e ameaça jogá-la em Londres no prazo de uma semana. Willingdon exige que o governo abandone toda e qualquer ação nessa área como única maneira de evitar que a catástrofe se concretize. No entanto, as coisas tomam um rumo bastante inesperado. Os Boulting conduzem a narrativa mantendo a tensão alta do início ao fim. A duração relativamente curta do longa favorece isso. O que deixa nós, espectadores, ligados e roendo as unhas o tempo todo.
ULTIMATUM (Seven Days to Noon – Inglaterra 1950). Direção: John e Roy Boulting. Elenco: Barry Jones, Olive Sloane, André Morell, Sheila Manahan, Hugh Cross, Joan Hickson, Ronald Adam e Martin Boddey. Duração: 94 minutos. Distribuição: London Films.