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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

TUDO QUE IMAGINAMOS COMO LUZ

Quando se fala em cinema indiano, normalmente esperamos um certo tipo de filme. Afinal, alguns temas e estilos narrativos estão associados à produção cinematográfica daquele país. Tudo Que Imaginamos Como Luz é indiano; foi escrito e dirigido por Payal Kapadia, uma cineasta indiana; a ação se passa em Bombaim, a maior e mais populosa cidade da Índia; e o elenco é inteiramente composto por atrizes e atores indianos. Mas apesar de tudo isso, não parece um filme indiano. Pelo menos não com aquele formato que nos acostumamos a ver. Talvez seja assim por conta de ser uma coprodução da Índia com outros sete países: França, Holanda, Luxemburgo, Itália, Suíça, Estados Unidos e Bélgica. Kapadia já havia chamado a atenção com o documentário experimental Uma Noite Sem Saber Nada, de 2021. Desta vez, com Tudo Que Imaginamos Com Luz, ela ganhou o Grande Prêmio do Festival de Cinema de Cannes, o primeiro conquistado por um filme indiano. Acompanhamos aqui a rotina da enfermeira Prabha (Kani Kusruti), que divide seu quarto com a jovem Anu (Divya Prabha). A primeira guarda traumas do marido, que trabalha na Alemanha. A segunda tenta escapar de um casamento arranjado por seu pai, ao mesmo tempo em que quer um momento tranquilo para estar com seu namorado. Uma viagem ao litoral pode ser a solução, ou pelo menos, um breve e necessário respiro. O olhar da cineasta é carinhoso para com suas personagens e a história que nos é contada é tocante em sua abordagem. Payal Kapadia é, desde já, um nome que merece ser acompanhado.

TUDO QUE IMAGINAMOS COMO LUZ (All We Imagine As Light – Índia 2024). Direção: Payal Kapadia. Elenco: Kani Kusruti, Divya Prabha, Chhaya Kadam, Hridhu Haroon, Azees Nedumangad e Anand Sami. Duração: 118 minutos. Distribuição: Filmes da Mostra.

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