De tempos em tempos aparecem filmes de aranhas. E isso sem incluir aqueles do “amigo da vizinhança”. Em 2024 tivemos o francês Infestação, de Sébastien Vanicek, e este Sting: Aranha Assassina, escrito e dirigido pelo australiano Kiah Roache-Turner. Ambos seguem uma estrutura semelhante de concentrar a ação dentro de um mesmo edifício. A diferença aqui é ter um número menor de vítimas e trazer boas referências a outros filmes com e sem aracnídeos. Tudo começa quando Charlotte (Alyla Browne), uma menina de 12 anos e fã de HQs encontra uma aranha no apartamento de sua avó. Ela vive com a mãe, o irmão bebê e o padrasto e não faz ideia do caos que provocará naquele prédio por conta de seu novo “amiguinho”. Como o próprio cartaz já antecipa: “seu maior medo acabou de ficar maior ainda”. Roache-Turner não perde tempo com explicações desnecessárias e rapidamente apresenta as personagens e as situações, inclusive, o espectador mais atento poderá prevê muito do que vai acontecer. E isso, na boa, não é ruim e funciona até como uma espécie de interação com o público. O saldo é positivo e o elenco é bom, especialmente Alyla Browne, vista antes no papel da jovem Furiosa, no filme de mesmo nome dirigido por George Miller. Quanto às referências, elas vão do nome da personagem principal que cita o clássico da literatura infantil A Teia de Charlotte, de E.B. White, ao nome que ela dá à aranha e que serve de título para o filme, mesmo nome da espada de Bilbo em O Hobbit.
STING: ARANHA ASSASSINA (Sting – Austrália 2024). Direção: Kiah Roache-Turner. Elenco: Alyla Browne, Ryan Corr, Penelope Mitchell, Jermaine Fowler, Noni Hazlehurst, Robyn Nevin, Silvia Colloca e Danny Kim. Duração: 92 minutos. Distribuição: Diamond Films.