Quando era jovem, George Lucas sonhava se tornar piloto de corridas. Quando ganhou seu primeiro carro, sofreu um terrível acidente e ficou quase um ano hospitalizado. Desistiu do sonho e resolveu fotografar. Suas fotos chamaram a atenção de Haskell Wexler, famoso cinematógrafo que o indicou para a Universidade da Califórnia do Sul, onde Lucas se formou em Cinema. Seu curta de conclusão, Labirinto Eletrônico THX 1138 4EB, de 1967, impressionou a banca examinadora. Quatro anos mais tarde, seu amigo Francis Ford Coppola o convenceu a transformá-lo em um longa-metragem. O título foi resumido então para THX 1138. A história original, escrita pelo próprio Lucas, contou agora com a ajuda do editor de som Walter Murch e do jovem roteirista Matthew Robbins. A ação acontece no século XXV. Em um mundo completamente asséptico, todos vivem em cidades subterrâneas controladas por máquinas. Quase tudo é proibido. As pessoas vivem sob efeito constante de drogas que reprimem muitas de suas vontades. Existe um equilíbrio perfeito que é rompido quando THX 1138 (Robert Duvall) se apaixona por LUH 3417 ( Maggie McOmie). O clima do filme é uma mistura entre 1984, de George Orwell, e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. Quando de seu lançamento, alguns amigos de Lucas brincaram com ele dizendo que THX 1138 não era um filme sobre o futuro e sim “do futuro”. Quem conhece o cineasta por seu trabalho mais famoso, a saga Star Wars, poderá se surpreender com a abordagem experimental deste seu longa de estreia. Mas, segundo ele próprio, era esse tipo de filme que ele sempre quis fazer. O destino lhe pregou uma peça e sua história pessoal e profissional tomou outro rumo bem diferente.
THX 1138 (THX 1138 – EUA 1971). Direção: George Lucas. Elenco: Robert Duvall, Donald Pleasance, Don Pedro Colley, Maggie McOmie, Ian Wolfe, Marshall Efron e Sid Haig. Duração: 86 minutos. Distribuição: Warner.
Uma resposta
Adoro os dois livros citados no seu comentário. Logo, terei de assistir a esse filme.