Na mitologia nórdica, Ragnarok significa o apocalipse dos deuses. É mais ou menos isso o que acontece em Thor: Ragnarok, terceiro filme solo do deus do trovão. Diferente do primeiro, que assumiu uma postura mais séria e também do segundo, que investiu na ação, este novo filme, dirigido pelo neozelandês Taika Waititi, não é nada sério. Muito pelo contrário. Ele está bem próximo de uma comédia, ou melhor, uma comédia de ação para ser mais preciso. Chris Hemsworth, mais uma vez à frente do elenco, tem ao seu lado Tom Hiddleston como Loki e Cate Blanchett no papel da vilã Hela, que ressurge para destruir Asgard. Thor foi criado nos quadrinhos por Stan Lee, Jack Kirby e Larry Leiber em meados dos anos 1960. O roteiro, escrito por Eric Pearson, Craig Kyle e Christopher Yost, joga nosso herói em um planeta regido pelo grão mestre (Jeff Goldblum), onde é capturado por Valkyrie (Tessa Thompson) e colocado em uma arena semelhante a dos antigos gladiadores romanos para lutar. Thor: Ragnarok tem a “cara” de seu diretor, que imprime aqui um clima anárquico e contagiante carregado de cores fortes e quentes. O elenco também parece ter se divertido bastante em cena, o que confere um “colorido” ainda maior. Sem negligenciar da aventura, Waititi encontra o equilíbrio perfeito entre o humor e a ação e agradou em cheio o público, que depositou pouco mais de 850 milhões de dólares nas bilheterias de todo o mundo quando de seu lançamento.
THOR: RAGNAROK (Thor: Ragnarok – EUA 2017). Direção: Taika Waititi. Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett, Idris Elba, Jeff Goldblum, Tessa Thompson, Mark Ruffalo, Karl Urban e Anthony Hopkins. Duração: 130 minutos. Distribuição: Buena Vista.