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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

SÓ DEUS PERDOA

Definir o estilo do cineasta dinamarquês Nicolas Winding Refn como “cool” e estiloso reduz bastante a maneira ousada e original com que este diretor conta suas histórias. Analisando sua obra é possível perceber que a frase de Albert Einstein “criatividade é inteligência, se divertindo” faz sentido. Principalmente, depois do sucesso de Drive, de 2011. A parceria com o ator Ryan Gosling naquele filme se repete, dois anos depois, neste Só Deus Perdoa. Refn, também autor do roteiro, nos leva a Bongkok, na Tailândia, onde Julian (Gosling) vive refugiado há dez anos por ter matado um policial em seu país. Ele trafica drogas usando um clube de boxe como fachada. As coisas mudam quando seu irmão Billy (Tom Burke) é assassinado. Entra em cena a mãe deles, Crystal (Kristin Scott Thomas, simplesmente assombrosa), disposta a vingar a morte do filho caçula. Só Deus Perdoa não é um filme fácil. Aliás, nenhum filme de Refn o é. O diretor tem uma assinatura bastante peculiar e ela é perceptível em todos os fotogramas deste trabalho incomum. Alguns críticos apressados chegaram a dizer que se tratava de uma cópia de Drive. Talvez pelo fato de ter Gosling à frente do elenco, em um roteiro com poucos diálogos, violento e com um visual estilizado como o do filme anterior. Nada mais injusto. Só Deus Perdoa tem vida e personalidade próprias.

SÓ DEUS PERDOA (Only God Forgives – Dinamarca/França/EUA/Suécia 2013). Direção: Nicolas Winding Refn. Elenco: Ryan Gosling, Kristin Scott Thomas, Vithaya Pansringarm, Yayaying Rhatha Phongam, Tom Burke e Sahajak Boonthanakit. Duração: 90 minutos. Distribuição: Netflix.

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